17 dezembro 2006

Sandokai - 10º Comentário de Deshimaru

A essência de todos os objetos visíveis possui segundo cada objeto
Qualidades e aparências distintas.
A origem da voz altera-se segundo a alegria
ou sofrimento.
Esta profundeza obscura é o mundo
Da combinação dos elementos
Em todas as direções,
Acima, abaixo, ao meio.
Mas em presença da luz, os objetos são claros,
E em sua posição existencial,
Podemos distinguir o que é puro do que é contaminado.

Os objetos dos sentidos possuem numerosas características muito distintas. O objeto visível tem uma cor e uma forma. Pode ser imaculado ou sujo, grande ou pequeno, redondo ou quadrado, longo ou curto. Um exemplo:
O céu azul.
Os telhados vermelhos.

O rosto é claro, podemos vê-lo à vontade no espelho límpido, enquanto os órgãos sexuais permanecem na escuridão.

A voz da alegria não é a voz do sofrimento, e não se perceberá da mesma forma a cor de um calção e de um kesa.

A percepção da voz e das cores predomina. Ela é representativa da atividade das seis portas. Os objetos visíveis têm uma forma, uma figura. São montagens da luz. A voz não tem forma, é montagem das sombras. A voz é profundidade. E, nesta profundidade, numerosos elementos se combinam (os sons agudos e graves, fortes e fracos).

O som do vale e seu eco ressoam muito longe nas profundezas...

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