30 dezembro 2008
21 dezembro 2008
Feliz 2009!
O momento do surgimento, nada mais é senão o surgimento do dharma;
O momento da desaparição, nada mais é senão o desaparecimento do dharma.
No momento em que aparecem tais dharmas não mais falamos da aparição de si mesmo.
No momento em que desaparecem tais dharmas, não falamos mais da desaparição de si mesmo.
Um momento antes, um momento depois: o instante não depende do instante;
Um Dharma antes, um Dharma depois, Dharma não se opõe a Dharma.
07 dezembro 2008
Hokyo Zanmai - 25º Comentário de Deshimaru
Se quereis seguir as trilhas ancestrais,
peço-vos, observai os sábios do passado.
Aquele que está a ponto de realizar o caminho do Buda
contemplou uma árvore durante dez kalpas.
No seu Shobogenzo, o Mestre Dogen cita esta frase de Mestre Kesan:
"Nós somos empurrados, revolvidos, arrastados pela prática do satori".
Tal é a essência do verdadeiro Zen, transmitido por um Mestre autêntico a um discípulo verdadeiro, de Kodo Sawaki a Taisen Deshimaru, de Taisen Deshimaru a seus discípulos...
29 novembro 2008
Hokyo Zanmai - 24º Comentário de Deshimaru
e lhes ofereceriam o Dharma.Conduzidos por suas visões errôneas,
tomariam o negro pelo branco.Quando essas visões errôneas cessam,
a mente afirmativa harmoniza-se naturalmente.
De quê ter pena? Das ilusões, das paixões. É preciso dirigi-las, com a ajuda das seis virtudes, ou paramitas em sânscrito.
1. Dana: o dom.
2. Sila: a observância dos preceitos.
3. Kshnati: a perserverância enérgica.
4. Virya: a assiduidade.
5. Dhyana: a meditação, o zazen.
6. Prajna: a sabedoria.
Zazen não é nem Buda nem o homem, mas simplesmente sentar-se, e pensar do fundo do não-pensamento. Podemos, então, entrever e compreender as diferentes combinações do Eu, compreender que a busca pelo despertar é ilusória, que a própria vacuidade é uma ilusão, que derrete como o gelo no fogo.
24 novembro 2008
Hokyo Zanmai - 23º Comentário de Deshimaru
no interior, a agitação.
Como o cavalo no cabresto
ou o rato escondido.
Bem dirigido, o cavalo forte tornar-se-á uma excelente montaria. No budismo Mahayana, não se trata de sufocar as paixões, mas saber controlá-las para que sua energia se torne uma fonte de atividade, de sabedoria e compaixão verdadeiras. Como diz o grande Mestre Shinran: "As paixões, os desejos, são a água do satori". Um grande bloco de gelo, ao derreter, dará muita água! Todas as existências do cosmo, todos os seres humanos possuem a natureza de Buda.
18 novembro 2008
Hokyo Zanmai - 22º Comentário de Deshimaru
cada um possui suas normas.
Porém sejam esses ensinamentos dominados ou não,
a realidade escoa constantemente.
"Dado que esta intimidade nunca é reta nem oblíqua, ela se despoja de si mesma inconscientemente, sem autoconsciência".
As obras mais elevadas, as caligrafias mais fortes, são feitas sem artifícios, sem falsas tensões, sem finalidade nem espírito de ganho.
A propósito deste assunto, há uma história interessante.
Em um pequeno templo perdido na montanha, quatro monges faziam zazen. Eles haviam decidido fazer um sesshin em silêncio absoluto. Na primeira noite, durante o zazen, a vela se apagou, mergulhando o dojo na escuridão profunda. O monge mais novo disse à meia voz: "A vela acaba de se apagar".
O segundo respondeu:
"Tu não deves falar, é um sesshin de silêncio total!"
O terceiro acrescentou:
"Porque falais? Devemos calar-nos e permanecermos silenciosos!"
O quarto, que era o responsável pelo sesshin, concluiu:
"Vós sois estúpidos e malvados, apenas eu não falei!"
Dogen disse: "Nossa vida é assim: uma vaca saindo do seu estábulo, os chifres, a cabeça, o corpo inteiro está do lado de fora, e o rabo continua preso na porteira!"
Mesmo que ocorra efetivamente satori, é preciso ir além, quebrar, partir o Hokyo Zanmai.
12 novembro 2008
Hokyo Zanmai - 21º Comentário de Deshimaru
Agora há o súbito e o gradual,
nos quais os ensinamentos aparecem e desaparecem.
Desde Bodidharma até o sexto patriarca Eno, a linhagem é pura, simples e sem complicações, apenas de Mestre a Mestre. Mas, já a partir do quinto patriarca, Mestre Konin, houve cisão. Afim de testar seus discípulos, Mestre Konin pediu-lhes que escrevessem um poema. Jinshu, o mais antigo, passava por ter uma compreensão muito profunda do Zen. Eno, jovem discípulo, muito recente e completamente iletrado, sem saber ler nem escrever, não podia ser ordenado monge, e era apenas assistente do cozinheiro. O poema de Jinshu era considerado o melhor:
“Nosso corpo é como a árvore de Bodhi.
O espírito é como um espelho precioso.
Assim devemos todo dia limpar sua poeira”.
Se praticais a cada dia, acabareis por obter o satori. Passo a passo, é o Zen gradual.
Eno, o cozinheiro assistente, olhou o poema e pediu a um de seus amigos que lho lesse.
“Oh, é um grande poema, Jinshu tornar-se-á certamente o sucessor de nosso Mestre”, disse-lhe o amigo, e leu-lhe o poema.
“É um erro, respondeu Eno. Não é o verdadeiro Zen. Jamais nosso Mestre ensinou tais coisas. Eu escutei suas conferências e não acho que esse poema seja a essência de seus ensinamentos. Escreva este aqui:
“O espelho precioso não é material.
Tudo é nada. Tudo é ku.
Onde poderia a poeira se depositar?”
Eis o Zen súbito. Zazen, ele próprio, é satori, aqui e agora. Esses dois pontos de vistas, apesar de sua contradição, pareceram exatos. No entanto, foi a Eno que o Mestre Konin entregou seu kesa e sua tigela, e ele tornou-se seu sucessor.
“Deves fugir. Meus discípulos ficarão cheios de raiva contra ti. Tu compreendeste o Zen. Obtiveste o satori”.
E as duas escolas se separaram.
“O salgueiro chorão acolhe intimamente, imediatamente, os movimentos mais rápidos do vento que sopra.” Tal é o Zen súbito.
16 outubro 2008
Hokyo Zanmai - 20º Comentário de Deshimaru
Se for criada uma diferença,
Ainda que ínfima,
Não pode harmonizar-se
com o ritmo da música.
o céu e a terra são separados".
O Zen autêntico é universal, em harmonia com o sistema cósmico. Pensar com a consciência pessoal, criar sem cessar categorias, coloca-nos fora do verdadeiro Zen. Além disso, Dogen recusava-se a empregar palavras como Rinzai ou Soto. Ele preferia servir-se das palavras verdade universal, ou ordem cósmica. Ele dizia igualmente: "Apenas zazen é a verdade do Zen!"
11 outubro 2008
Hokyo Zanmai - 19º Comentário de Deshimaru
A lei da interdependência e a ocasião
Podem realizar-se na claridade
E no silêncio do coração.
No Zen, o método para avançar profundamente no Caminho chama-se "o Caminho do pássaro". O Caminho do pássaro não tem trajeto fixo nem indicações. Não tem traço nem marca. Enquanto um cavalo ou uma vaca, por exemplo, deixam suas pegadas no caminho, Dogen escreveu no San Sho Do Ei:
O pato vem e vai sobre a água...
No entanto, não esquece jamais seu caminho".
28 setembro 2008
Hokyo Zanmai - 18º Comentário de Deshimaru
No primeiro volume do Shobogenzo, o Bendowa, Mestre Dogen escreveu: "Este Caminho foi fruído por cada um, mas se ninguém o praticar, ele não pode se realizar. Ele não pode ser obtido e realizado sem nossa própria certificação, autenticação e compreensão". Se não saborearmos nós mesmos a refeição deliciosa, como poderemos apreciar seu sabor? No Genjo koan, um dos capítulos mais importantes do Shobogenzo, encontra-se uma célebre história:
"Um dia, o Mestre Zen Pao Cha se abanava. Um monge dele se aproximou e fez a seguinte observação:
'A natureza do ar existe por toda a parte e o vento sopra em todos os lugares. Porque usais um leque, Mestre? Porque criais vento?'
O Mestre lhe respondeu:
'Tu apenas sabes que a natureza do ar existe por toda a parte. Apesar disto ignoras porque o vento sopra em todos os lugares!'
O monge então perguntou:
'O que quer dizer: não há lugar onde não sopre o vento?'
O Mestre continuou a se abanar em silêncio. O discípulo inclinou-se profundamente".
Esta história nos ensina que o Caminho, a energia cósmica, está presente em todo o universo. Mas se não a praticarmos com nosso próprio corpo, não a poderemos receber. O vento aqui representa o satori, a verdade cósmica, o despertar, nossa prática do zazen. Instantaneamente, e profundamente, aquele discípulo compreendeu o ensinamento de seu Mestre, fez sampai e saiu da sala. O Mestre guardou silêncio, e o discípulo, muito intuitivo, rapidamente apreendeu o pensamento de seu Mestre. Esse mondo terminou com uma reposta silenciosa.
22 setembro 2008
Ius Chasma
Ius Chasma
The outcrops contain interchanging layers of dark and bright rocks. The layered deposits consist of dark basalt lava flows and bright sedimentary layers. The sediments are likely to be from atmospheric dust, sand or alluvium from an ancient water source. The layers are visible on the gentle slopes above the canyon floor, in pitted areas, and in small mesa buttes. The floor of the canyon is littered with megaripples that are aligned in a north-south direction.
Ius Chasma is believed to have been shaped by a process called sapping when water seeped from the layers of the cliffs and evaporated before it reached the canyon floor. Ius Chasma also has several structural features such as east trending normal faults and grabens that deformed the canyons. Recent geomorphological events include avalanches and minor sapping from gullies that continued to erode the canyon walls.
21 setembro 2008
Hokyo Zanmai - 17º Comentário de Deshimaru
Há felicidade.
Mas não devemos cometer
Nenhum erro.
Sabedoria e compaixão estão intimamente misturadas, perfeitamente fundidas, da mesma forma que o satori e a ilusão. Buda e nós mesmos, o mestre e o discípulo, o homem e a mulher. Esta mistura íntima, esta fusão perfeita, é a verdadeira felicidade.
O que são essa sabedoria autêntica e essa grande compaixão? Mestre Manzan responde com um poema:
"As nuvens brancas descem no vale profundo e se esvanecem,
Apenas o cume da grande montanha verde se veste no céu".
Quem são as pessoas que têm essa grande compaixão e essa verdadeira sabedoria?
"É um velho eremita de cabelos brancos.
Sua ermida está num vale profundo.
Ele sai, vai até ao mercado da pequena aldeia,
E se mistura intimamente com o povo".
"Ele não vem mais do que não vai.
Buda torna-se como uma criança".
Já se viu, Buda e o bebê têm o mesmo estado de consciência Hishiryo, mas o Buda tem a consciência suprema, enquanto que o bebê não a possui.
Hishiryo é a consciência ampla, sem limites, infinita, cósmica, além das categorias, cuja velocidade é maior que a da luz: em zazen, podemos ir até o fundo do cosmo, e pensar desde o âmago do não-pensamento.
16 setembro 2008
Hokyo Zanmai - 16º Comentário de Deshimaru
É familiar com o Caminho.
11 setembro 2008
08 setembro 2008
Hokyo Zanmai - 15º Comentário de Deshimaru
Quando o reto e o oblíquo,
Encontram-se e se prendem
(como as pernas em lótus)
Maravilhosamente há
Pergunta e resposta misturadas.
Zazen corta o contato com a televisão. Tudo se esvanece, não há mais nada, o reflexo desaparece. Depois da morte, teremos este olhar objetivo. Devemos observar uma televisão escura. Isto é um koan! Podemos ver, mas não podemos compreender o que será nossa visão depois da morte. Em zazen, digo sempre: "Observar do fundo de seu caixão". É o mundo de Hishiryo.
"Após o fogo a madeira torna-se cinza. A madeira não pode contemplar as cinzas e as cinzas não podem ver a madeira", dizia Dogen. A madeira é o mundo da natureza, da matéria viva. A cinza é a morte, o mundo do espírito. Agora, vivemos uma televisão em movimento, em seguida, veremos uma televisão sem movimento, imóvel, objetiva.
30 agosto 2008
Hokyo Zanmai - 14º Comentário de Deshimaru
23 agosto 2008
Hokyo Zanmai - 13º Comentário de Deshimaru
10 agosto 2008
Hokyo Zanmai - 12º Comentário de Deshimaru
Mestre Sozan emprega aqui uma metáfora baseada no sistema de adivinhação do I Ching.
No método de adivinhação bastante antigo do I Ching, usam-se cinqüenta varetas de milefólio cuja manipulação, segundo regras muito simples, produz uma série numérica que, por sua vez, dá origem a um hexagrama.
Cada hexagrama – há sessenta e quatro no total – combina traços , Yang ― ou Yin – –, e consiste na superposição de dois dos oito trigramas básicos.
Quando se joga o I Ching, as seis linhas que se obtêm interagem: há uma interdependência total entre o oráculo, o julgamento do hexagrama e a situação do consulente que manipulou as varetas, naturalmente, automaticamente, inconscientemente. O oráculo age como um espelho, ele manifesta a situação aqui e agora do consulente, no cosmo. E, assim fazendo, ele influencia a consciência e a interação.
Não obstante, o motivo do estabelecimento de três resulta em cinco. Com efeito, uma das regras muito simples que regem o I Ching diz respeito ao número de varetas que sobram depois da manipulação. Ora, se sobram cinco varetas, contam-se quatro e a quatro é atribuído o valor numérico três.
O hexagrama do fogo representa o quinto Go I, ou seja a interpenetração da essência e dos fenômenos, do vazio e da forma, de Buda e das existências etc. E a causa do estabelecimento das três bases do Go I (os dois termos da relação que os une) se transforma ela própria e resulta nos cinco princípios.
Se o ser se harmoniza com o cosmo, a consciência pessoal torna-se consciência cósmica. E o cérebro, que influencia o futuro para a eternidade, torna-se natureza de Deus ou de Buda. O cérebro, em zazen, torna-se calmo e disponível para receber a sabedoria verdadeira e profunda. Dogen nos diz no Fukanzazenji: “Pensar sem pensar...” Como se pensa sem pensar? Não-pensamento (Hishiryo). Isto em si é a arte essencial do zazen. Hishiryo é o pensamento do hipotálamo e do corpo, e não do cérebro frontal.
Hishiryo é sem nuvem e sem escuridão.
As zonas frontais do cérebro e o córtex, que correspondem às faculdades mentais e à atividade intelectual, entram em repouso, enquanto as camadas profundas do cérebro, ou o “cérebro primitivo”, e o tálamo-hipotálamo, sede da intuição, despertam-se e entram em atividade.
05 agosto 2008
Hokyo Zanmai - 11º Comentário de Deshimaru (final)
Nossa consciência deve se equilibrar entre o córtex, o cérebro profundo e o tálamo.
Em zazen, o cérebro frontal e o córtex entram em repouso, enquanto as camadas profundas, ou cérebro primitivo, e o tálamo estão ativos. O tálamo é influenciado pelos impulsos recebidos do sistema nervoso autônomo. Este sistema recebe informações procedentes dos músculos e dos cinco órgãos dos sentidos. Os músculos, em zazen, estão em estado de tônus forte, correto, exato, e exercem uma influência sobre os nervos.
Os cinco sentidos se acalmam. O cérebro chamado intelectual, sempre ativo na vida quotidiana, conhece um tempo de repouso. No mesmo momento, a casca primitiva e o tálamo entram numa forte atividade. Essas regiões do cérebro podem ser vistas, à luz da filosofia budista tradicional, como o armazém de sementes de memória. Quando pensamos em qualquer coisa, uma conexão neuronal se cria, gerando uma “ação” que se torna uma “semente” de memória no tálamo. Durante o zazen, o cérebro frontal estando em repouso, as sementes armazenadas no tálamo vêm à superfície. Podemos compreender, pelos mecanismos dos sonhos durante o sono, essas elevações das sementes armazenadas. Mas, em zazen, o cérebro não dorme, ele está engajado numa atividade exata e intensa quando nossa postura está correta. No começo do zazen, o cérebro pré-frontal e frontal entra numa fase de repouso. A consciência pessoal se esvanece e, a partir do cérebro primitivo, as lembranças antigas escondidas e armazenadas se elevam. Estas “elevações” param e depois se retomam... É o estado de Hishiryo. O cérebro está em unidade com o sistema cósmico.
- O que fazes?
O discípulo responde:
- Não faço nada.
O Mestre:
- Tu fazes o zazen mushotoku.
O discípulo, então, lhe responde:
- Se eu tivesse respondido zazen, isto quereria dizer que eu fazia zazen.
O Mestre lhe replica:
- Tu fazes alguma coisa, porque esse “não fazer nada?”
O discípulo então lhe diz:
- Mesmo dez mil Budas não poderiam compreender...
28 julho 2008
Hokyo Zanmai - 11º Comentário de Deshimaru (1ª parte)
provido de seus cinco sentidos.
Nem indo, nem vindo,
não aparecendo, nem ficando.
“Gugu, dadá”, algo é dito?
Afinal, nada é dito,
pois as palavras ainda não estão corretas.
Gugu dadá são as palavras que os bebês pronunciam como mamã, papá, popô... São frases... palavras?
mesmo contando dez vezes dez,
talvez não pudesse compreender cem”.
29 junho 2008
Hokyo Zanmai - 10º Comentário de Deshimaru
a forma e seu reflexo se observam.
Não sois o reflexo,
mas na verdade sois vós.
2. Sabedoria da consciência Alaya ou sabedoria do grande espelho;
3. Sabedoria da consciência Mana ou sabedoria do mundo fenomênico;
4. Sabedoria da observação que permite cortar todas as dúvidas;
5. Sabedoria da terra ligada aos cinco sentidos e à ação.
21 junho 2008
Hokyo Zanmai - 9º Comentário de Deshimaru (final)
Não é sem linguagem. Uma linguagem é necessária. Esta linguagem será como a de um bebê ou de um mudo. Linguagem secreta do Buda. Um monge perguntou: "De quem é o aniversário hoje?" Respondem-lhe: "É o aniversário do sogro da mulher do cunhado da irmã... Não é o aniversário de qualquer outro! Hoje é o aniversário de meu irmão!" A filosofia sufoca-se nas categorias!
Mestre Mezan nos diz: "A melodia de Bodhidharma não é uma música de flauta de cinco furos. Essa melodia vem do céu azul".
A melodia de Bodhidharma é o Zen, ela não pode ser limitada por cinco ou vinte e cinco tonalidades. Não pode, também, ser colocada numa partitura. Em plena liberdade ela foi criada no vasto céu azul. É uma música natural, sem matriz, além de todo formalismo.
15 junho 2008
Hokyo Zanmai - 9º Comentário de Deshimaru (2ª parte)
Eno chamou-lhe a atenção de que um monge deve se comportar bem e que isto é importante.
"Nyoze, nyoze. De acordo, de acordo!"
E concede a autenticação a Yoka, que se enche de alegria.
"Fica esta noite em meu templo. Porque partes tão depressa?"
que parou de estudar e está inativo?"
20 maio 2008
Hokyo Zanmai - 9º Comentário de Deshimaru (1ª parte)
não é sem linguagem.
Ainda que seja inconsciente,
provém da linguagem.
"Não é necessário falar nem usar a linguagem.
É preciso compreender por trás das palavras, pelo silêncio".
A lua plena de beleza,
Impossível pintá-los".
Entre Buda e Buda, a verdade não pode ser explicada, ela está além de todas as categorias.
Entre o homem e a mulher em um leito, a linguagem não é necessária.
Apenas a serpente o compreende".
11 maio 2008
Hokyo Zanmai - 8º Comentário de Deshimaru
Qual Lei?
"Meia-noite é a verdadeira luz.
A alvorada não é clara".
Ku é shiki".
A ilusão é ganho.
O satori é satori.
A ilusão é a ilusão.
O não-ganho é o não-ganho".