SHURI - Hexagrama do fogo
Ao duplicar o trigrama do fogo,
as linhas exteriores e interiores interagem.
Empilhadas, tornam-se três,
permutadas, tornam-se cinco.
Mestre Sozan emprega aqui uma metáfora baseada no sistema de adivinhação do I Ching.
No método de adivinhação bastante antigo do I Ching, usam-se cinqüenta varetas de milefólio cuja manipulação, segundo regras muito simples, produz uma série numérica que, por sua vez, dá origem a um hexagrama.
Cada hexagrama – há sessenta e quatro no total – combina traços , Yang ― ou Yin – –, e consiste na superposição de dois dos oito trigramas básicos.
Quando se joga o I Ching, as seis linhas que se obtêm interagem: há uma interdependência total entre o oráculo, o julgamento do hexagrama e a situação do consulente que manipulou as varetas, naturalmente, automaticamente, inconscientemente. O oráculo age como um espelho, ele manifesta a situação aqui e agora do consulente, no cosmo. E, assim fazendo, ele influencia a consciência e a interação.
Não obstante, o motivo do estabelecimento de três resulta em cinco. Com efeito, uma das regras muito simples que regem o I Ching diz respeito ao número de varetas que sobram depois da manipulação. Ora, se sobram cinco varetas, contam-se quatro e a quatro é atribuído o valor numérico três.
O hexagrama do fogo representa o quinto Go I, ou seja a interpenetração da essência e dos fenômenos, do vazio e da forma, de Buda e das existências etc. E a causa do estabelecimento das três bases do Go I (os dois termos da relação que os une) se transforma ela própria e resulta nos cinco princípios.
Se o ser se harmoniza com o cosmo, a consciência pessoal torna-se consciência cósmica. E o cérebro, que influencia o futuro para a eternidade, torna-se natureza de Deus ou de Buda. O cérebro, em zazen, torna-se calmo e disponível para receber a sabedoria verdadeira e profunda. Dogen nos diz no Fukanzazenji: “Pensar sem pensar...” Como se pensa sem pensar? Não-pensamento (Hishiryo). Isto em si é a arte essencial do zazen. Hishiryo é o pensamento do hipotálamo e do corpo, e não do cérebro frontal.
Hishiryo é sem nuvem e sem escuridão.
As zonas frontais do cérebro e o córtex, que correspondem às faculdades mentais e à atividade intelectual, entram em repouso, enquanto as camadas profundas do cérebro, ou o “cérebro primitivo”, e o tálamo-hipotálamo, sede da intuição, despertam-se e entram em atividade.
Mestre Sozan emprega aqui uma metáfora baseada no sistema de adivinhação do I Ching.
No método de adivinhação bastante antigo do I Ching, usam-se cinqüenta varetas de milefólio cuja manipulação, segundo regras muito simples, produz uma série numérica que, por sua vez, dá origem a um hexagrama.
Cada hexagrama – há sessenta e quatro no total – combina traços , Yang ― ou Yin – –, e consiste na superposição de dois dos oito trigramas básicos.
Quando se joga o I Ching, as seis linhas que se obtêm interagem: há uma interdependência total entre o oráculo, o julgamento do hexagrama e a situação do consulente que manipulou as varetas, naturalmente, automaticamente, inconscientemente. O oráculo age como um espelho, ele manifesta a situação aqui e agora do consulente, no cosmo. E, assim fazendo, ele influencia a consciência e a interação.
Não obstante, o motivo do estabelecimento de três resulta em cinco. Com efeito, uma das regras muito simples que regem o I Ching diz respeito ao número de varetas que sobram depois da manipulação. Ora, se sobram cinco varetas, contam-se quatro e a quatro é atribuído o valor numérico três.
O hexagrama do fogo representa o quinto Go I, ou seja a interpenetração da essência e dos fenômenos, do vazio e da forma, de Buda e das existências etc. E a causa do estabelecimento das três bases do Go I (os dois termos da relação que os une) se transforma ela própria e resulta nos cinco princípios.
Se o ser se harmoniza com o cosmo, a consciência pessoal torna-se consciência cósmica. E o cérebro, que influencia o futuro para a eternidade, torna-se natureza de Deus ou de Buda. O cérebro, em zazen, torna-se calmo e disponível para receber a sabedoria verdadeira e profunda. Dogen nos diz no Fukanzazenji: “Pensar sem pensar...” Como se pensa sem pensar? Não-pensamento (Hishiryo). Isto em si é a arte essencial do zazen. Hishiryo é o pensamento do hipotálamo e do corpo, e não do cérebro frontal.
Hishiryo é sem nuvem e sem escuridão.
As zonas frontais do cérebro e o córtex, que correspondem às faculdades mentais e à atividade intelectual, entram em repouso, enquanto as camadas profundas do cérebro, ou o “cérebro primitivo”, e o tálamo-hipotálamo, sede da intuição, despertam-se e entram em atividade.
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