Estar demasiadamente íntimo, em uma relação estreita demais com a verdade, é uma deficiência para compreendê-la. Nós não podemos ver a montanha quando estamos no cume. Se somos muito íntimos das pessoas, e muito próximos delas, não podemos compreender seus pontos importantes. Mas a verdade longínqua torna-se secreta e misteriosa. Se estamos muito perto do mundo sexual, muito íntimos, a sua importância diminui, em contrapartida, muito longe, o mundo sexual assume um grande significado, e os desejos crescem.
Não ficar muito próximo, não se afastar demais: é o Caminho do meio no budismo.
"Não é preciso perseguir a verdade, nem dela escapar”, lê-se no Shodoka. O Zen não é nem muito íntimo com a verdade, nem muito distante dela. Esta é, sem dúvida, uma aparente contradição, mas é preciso ainda abraçar os extremos.
Mestre Kezan escreveu: "A aparência exterior do monge Zen dever ser como a luz do farol sob o sol do meio-dia”. A montanha e os campos banhados em silêncio, sem movimento, mas a cada ano, a relva viva renasce. A grande terra silenciosa é pesada e imóvel... O monge Soto Zen deve ter o corpo em harmonia com a vida social, e a mente brincando com a criação da natureza.
Eis uma história Taoísta a esse respeito:
Um amigo de So-Tsu disse: "No meu jardim existe uma grande árvore, uma árvore Cho (carvalho). Seus ramos são nodosos, sinuosos, irregulares e os brotos são tão retorcidos que não servem para nada".
Esta árvore cresceu à beira da estrada, e era tão pouco interessante e atraente que ninguém prestava atenção. Não era uma árvore "útil".
Alguns disseram a So-Tsu: "Sua ensinamento é como este carvalho, muito profundo e muito grande, mas pouco útil na vida quotidiana”.
So-Tsu disse: "Você conhece o texugo e seu método de caça? Oculto, achatado no terreno, assiste os ratos brincando e, em seguida, com um salto rápido, pega um. Este animal é muito inteligente e circunspecto. Sua técnica de caça é excelente. No entanto, por vezes, cai nas armadilhas do homem e se deixa matar. O búfalo selvagem, ao contrário do texugo, tem uma cabeça grande como uma nuvem. Não sendo comestível, é perfeitamente desnecessário. Sem inteligência, não conseguindo nem mesmo perseguir um rato, ele se contenta em comer capim. Ele vive sossegadamente em grandes pradarias. Ele não cai em armadilhas como o texugo”.
E So-Tsu continuou: "Perto do caminho, no meu jardim, esta grande árvore inútil ... eu não me importo com ela. Vocês podem replantá-la em um campo nas proximidades ou em outro terreno. Por favor, saboreiem a vida à vontade, facilmente, calmamente, debaixo desta árvore. Esta árvore, inutilizável, nunca será abatida e sua vida será longa. Ela não conhece nem medo nem ansiedade, não se preocupem com ela".
Assim é o monge Zen.
Não ficar muito próximo, não se afastar demais: é o Caminho do meio no budismo.
"Não é preciso perseguir a verdade, nem dela escapar”, lê-se no Shodoka. O Zen não é nem muito íntimo com a verdade, nem muito distante dela. Esta é, sem dúvida, uma aparente contradição, mas é preciso ainda abraçar os extremos.
Mestre Kezan escreveu: "A aparência exterior do monge Zen dever ser como a luz do farol sob o sol do meio-dia”. A montanha e os campos banhados em silêncio, sem movimento, mas a cada ano, a relva viva renasce. A grande terra silenciosa é pesada e imóvel... O monge Soto Zen deve ter o corpo em harmonia com a vida social, e a mente brincando com a criação da natureza.
Eis uma história Taoísta a esse respeito:
Um amigo de So-Tsu disse: "No meu jardim existe uma grande árvore, uma árvore Cho (carvalho). Seus ramos são nodosos, sinuosos, irregulares e os brotos são tão retorcidos que não servem para nada".
Esta árvore cresceu à beira da estrada, e era tão pouco interessante e atraente que ninguém prestava atenção. Não era uma árvore "útil".
Alguns disseram a So-Tsu: "Sua ensinamento é como este carvalho, muito profundo e muito grande, mas pouco útil na vida quotidiana”.
So-Tsu disse: "Você conhece o texugo e seu método de caça? Oculto, achatado no terreno, assiste os ratos brincando e, em seguida, com um salto rápido, pega um. Este animal é muito inteligente e circunspecto. Sua técnica de caça é excelente. No entanto, por vezes, cai nas armadilhas do homem e se deixa matar. O búfalo selvagem, ao contrário do texugo, tem uma cabeça grande como uma nuvem. Não sendo comestível, é perfeitamente desnecessário. Sem inteligência, não conseguindo nem mesmo perseguir um rato, ele se contenta em comer capim. Ele vive sossegadamente em grandes pradarias. Ele não cai em armadilhas como o texugo”.
E So-Tsu continuou: "Perto do caminho, no meu jardim, esta grande árvore inútil ... eu não me importo com ela. Vocês podem replantá-la em um campo nas proximidades ou em outro terreno. Por favor, saboreiem a vida à vontade, facilmente, calmamente, debaixo desta árvore. Esta árvore, inutilizável, nunca será abatida e sua vida será longa. Ela não conhece nem medo nem ansiedade, não se preocupem com ela".
Assim é o monge Zen.
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