O próximo verso diz “Entre seres humanos, há sábios e tolos”. É difícil traduzir esta passagem. Ela se refere à disputa entre as escolas do Norte e do Sul. A pessoa inteligente nem sempre tem vantagens para estudar ou aceitar o Budismo, e não é sempre o tolo quem tem dificuldades. Um tolo é bom porque é tolo. Um sábio é bom porque é sábio. Ainda que você os compare, não poderá dizer qual é melhor.
Eu não sou tão sábio, por isso compreendo isto muito bem. Meu mestre (Gyokujun So-on) sempre se dirigia a mim como “Seu pepino vigarista!” Fui seu último discípulo, mas tornei-me o primeiro porque todos os outros bons pepinos fugiram. Talvez porque fossem espertos demais. De qualquer modo, não fui esperto a ponto de conseguir fugir e fui pego. Minha estupidez era uma vantagem para estudar o Budismo. Quando todo o mundo foi embora e eu fiquei sozinho com meu mestre, fiquei muito triste. Mas eu havia deixado minha casa por minha própria escolha. Meus pais disseram, “Você é muito jovem. Devia ficar aqui”. Mas eu tinha que ir. Depois de deixar meus pais, eu senti que não podia voltar para casa. Eu podia, mas pensava que não podia. Então eu não tinha nenhum lugar para ir. Esta é uma das razões pela qual eu não fugi. Outra foi porque eu não era suficientemente esperto. Uma pessoa esperta nem sempre tem vantagem e um tolo é bom porque é tolo. Este é o nosso entendimento.Na realidade, não há tolos nem sábios. Qualquer das alternativas não é tão fácil. Há dificuldades tanto para o sábio quanto para o tolo. Por exemplo, um tolo tem que estudar duro e ler um livro várias vezes porque não é tão esperto. Uma pessoa esperta esquece rapidamente. Pode aprender rapidamente, mas o que aprende não fica por muito tempo. Para o tolo, toma tempo para memorizar algo, mas se ele lê muitas vezes e se recorda do que leu, aquilo não irá embora tão cedo. Ser sábio ou tolo não faz muita diferença.
Eu não sou tão sábio, por isso compreendo isto muito bem. Meu mestre (Gyokujun So-on) sempre se dirigia a mim como “Seu pepino vigarista!” Fui seu último discípulo, mas tornei-me o primeiro porque todos os outros bons pepinos fugiram. Talvez porque fossem espertos demais. De qualquer modo, não fui esperto a ponto de conseguir fugir e fui pego. Minha estupidez era uma vantagem para estudar o Budismo. Quando todo o mundo foi embora e eu fiquei sozinho com meu mestre, fiquei muito triste. Mas eu havia deixado minha casa por minha própria escolha. Meus pais disseram, “Você é muito jovem. Devia ficar aqui”. Mas eu tinha que ir. Depois de deixar meus pais, eu senti que não podia voltar para casa. Eu podia, mas pensava que não podia. Então eu não tinha nenhum lugar para ir. Esta é uma das razões pela qual eu não fugi. Outra foi porque eu não era suficientemente esperto. Uma pessoa esperta nem sempre tem vantagem e um tolo é bom porque é tolo. Este é o nosso entendimento.Na realidade, não há tolos nem sábios. Qualquer das alternativas não é tão fácil. Há dificuldades tanto para o sábio quanto para o tolo. Por exemplo, um tolo tem que estudar duro e ler um livro várias vezes porque não é tão esperto. Uma pessoa esperta esquece rapidamente. Pode aprender rapidamente, mas o que aprende não fica por muito tempo. Para o tolo, toma tempo para memorizar algo, mas se ele lê muitas vezes e se recorda do que leu, aquilo não irá embora tão cedo. Ser sábio ou tolo não faz muita diferença.
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