Geralmente um acolchoado quadrado é colocado no chão onde sentamos, e em cima disso é colocado uma almofada redonda. É possível sentar seja na posição de lótus, ou meio lótus. Na primeira, coloca-se o pé direito na coxa esquerda, e em seguida coloca-se o pé esquerdo na coxa direita. Naquela última, apenas se coloca o pé esquerdo na coxa direita.
Aqui se iniciam as instruções detalhadas de como sentarmos. Nós nos sentamos numa almofada redonda, que chamamos de zafu. Usamos isto para que nossas pernas não comecem a doer. Quando se sentarem no zafu, por favor, façam-no com as costas eretas.
O meio lótus é a metade do lótus completo, por isto só elevamos a perna esquerda. Mas não é preciso agarrar-se a esta forma. Se as suas pernas começarem a doer, não há problema em trocar e colocar a o pé direito na coxa esquerda. Também não há problema em sentar-se como as mulheres frequentemente se sentam no Japão, com os pés dobrados sob elas. Ou usar vários tipos de assentos ou bancos. De qualquer modo, não se preocupem muito com a forma exterior. Eu gostaria apenas que encontrassem uma posição na qual se sentissem confortáveis sentando por um longo tempo, sem que sentissem muitas dores nas suas pernas.
Em alguns dos maiores mosteiros no Japão, se um monge não consegue sentar-se em zazen em lótus completo, não se permite que ele lá permaneça. Em anos recentes, percebeu-se que isto era um erro e, lentamente, as coisas começaram a mudar. Eu acho que isso é bom.
Além do Fukanzazengi e o Gakudo-yojinshu (Pontos a observar na prática do Caminho), Dogen escreveu uma peça chamada o Fushuko-hampo (Regras para comer no mosteiro), que explica em detalhes o modo de comer. Ele também escreveu o Eihei-shingi (Regras para a vida monástica), que descreve em detalhes a maneira de escovar os dentes, lavar a boca, a cara e, até mesmo, como usar o banheiro. Com frequência, ouvimos pessoas que pensam que a prática budista implica em seguir fielmente as regras prescritas por Dogen. Esta é uma grande interpretação errônea. Isto é um modo de praticar estreito, militarista. Há, talvez entre nós, pessoas que pensam que a prática significa aderir estritamente à forma, sem qualquer desvio que seja. Elas podem gostar de fazer isto dessa forma e pensar que não pode ser feito de qualquer outro modo. Eu gostaria que vocês compreendessem, entretanto, que isto está ocorrendo num contexto onde o verdadeiro zazen e o verdadeiro Dharma desapareceram. Por esta razão, apenas a forma é enfatizada e rigidamente seguida.
Se há entre nós quem esteja planejando construir uma sala de meditação e treinar monges no futuro, penso que seria uma boa ideia manterem em suas mãos para referência o Fukanzazengi, o Gakudo-yojinshu e o Eihei-shingi. Aqueles entre vocês que experimentaram vida em grupo estão cientes da necessidade de regras. Antigos praticantes estão familiarizados com as regras do zendo e podem se mover e agir livremente sem que se sintam presos a regras. Sem regras, a vida em grupo torna-se desordenada. Por favor, entendam, então, que as regras são necessárias para a vida em grupo.
O meio lótus é a metade do lótus completo, por isto só elevamos a perna esquerda. Mas não é preciso agarrar-se a esta forma. Se as suas pernas começarem a doer, não há problema em trocar e colocar a o pé direito na coxa esquerda. Também não há problema em sentar-se como as mulheres frequentemente se sentam no Japão, com os pés dobrados sob elas. Ou usar vários tipos de assentos ou bancos. De qualquer modo, não se preocupem muito com a forma exterior. Eu gostaria apenas que encontrassem uma posição na qual se sentissem confortáveis sentando por um longo tempo, sem que sentissem muitas dores nas suas pernas.
Em alguns dos maiores mosteiros no Japão, se um monge não consegue sentar-se em zazen em lótus completo, não se permite que ele lá permaneça. Em anos recentes, percebeu-se que isto era um erro e, lentamente, as coisas começaram a mudar. Eu acho que isso é bom.
Além do Fukanzazengi e o Gakudo-yojinshu (Pontos a observar na prática do Caminho), Dogen escreveu uma peça chamada o Fushuko-hampo (Regras para comer no mosteiro), que explica em detalhes o modo de comer. Ele também escreveu o Eihei-shingi (Regras para a vida monástica), que descreve em detalhes a maneira de escovar os dentes, lavar a boca, a cara e, até mesmo, como usar o banheiro. Com frequência, ouvimos pessoas que pensam que a prática budista implica em seguir fielmente as regras prescritas por Dogen. Esta é uma grande interpretação errônea. Isto é um modo de praticar estreito, militarista. Há, talvez entre nós, pessoas que pensam que a prática significa aderir estritamente à forma, sem qualquer desvio que seja. Elas podem gostar de fazer isto dessa forma e pensar que não pode ser feito de qualquer outro modo. Eu gostaria que vocês compreendessem, entretanto, que isto está ocorrendo num contexto onde o verdadeiro zazen e o verdadeiro Dharma desapareceram. Por esta razão, apenas a forma é enfatizada e rigidamente seguida.
Se há entre nós quem esteja planejando construir uma sala de meditação e treinar monges no futuro, penso que seria uma boa ideia manterem em suas mãos para referência o Fukanzazengi, o Gakudo-yojinshu e o Eihei-shingi. Aqueles entre vocês que experimentaram vida em grupo estão cientes da necessidade de regras. Antigos praticantes estão familiarizados com as regras do zendo e podem se mover e agir livremente sem que se sintam presos a regras. Sem regras, a vida em grupo torna-se desordenada. Por favor, entendam, então, que as regras são necessárias para a vida em grupo.
(Quarta parte do 3º Comentário de Harada sobre o Fukanzazengi)
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