E, ao mesmo tempo, são independentes.
Estão relacionados, mas funcionam diferentemente,
Mantendo cada um o seu próprio lugar.
As portas são as seis entradas de nosso corpo, os seis sentidos. Na filosofia budista, a consciência é considerada como um sexto sentido. Um cão encurrala. Nossos ouvidos são a porta e o grito do cão é o objeto. Do mesmo modo, em zazen, o som do sino do templo... Vemos uma flor: a imagem da flor e nossos olhos não estão separados nem unidos. O homem e o cosmo, as portas da percepção e os objetos percebidos, se interpenetram totalmente. São ao mesmo tempo, um e múltiplos.
Os objetos, as cores, os sons, as vibrações existem independentemente de nós, em todo o universo, por todo o mundo. Apesar disto, a cor da flor e o som do sino só existem através de meus olhos e de meus ouvidos.
O homem é o homem. O cosmo é o cosmo. Cada um em suas posições. Mas, também, pela atividade das seis portas, o homem torna-se o cosmo e o cosmo torna-se homem: os dois se interpenetram. A raiz e as folhas são uma e a outra na sua posição existencial, com suas funções próprias. A raiz toma água da terra e as folhas, oxigênio do ar. Ao mesmo tempo, as raízes e os galhos se apóiam, se ajudam reciprocamente, combinam-se e fundem-se, mantendo relações de interdependência profundas e íntimas.
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