23 junho 2012
22 junho 2012
Acendendo a Prática
A semente dos budas surge de condições, Buda Dharma surge desde o início. Quando vocês encontrarem boas condições, não tropecem, apenas pratiquem. Dentro da prática há tanto dominação quanto entrega. Ficando aqui [no Koshoji], não tropecem e, sinceramente, se engajem no caminho. Dentro do envolvimento de todo o coração no caminho há, ao mesmo tempo, prática e esforço. Com uma manhã rigorosa, dez mil dharmas se tornam completos. Se vocês ainda não estiverem engajados, dez mil dharmas tropeçarão.
Mestre Zen [Bao'en] Xuanze tinha afinidade com Fayan. Uma vez Xuanze foi designado orientador da assembleia de Fayan. Um dia Fayan disse, "Quantos anos você esteve aqui?"
Xuanze respondeu: "Eu já estive na assembleia do professor durante três anos".
Fayan disse, "Você é um estudante, então por que não você nunca me pergunta sobre o Dharma?"
Xuanze disse: "Eu não me atrevo a desapontar o professor. Quando eu estava no mosteiro de Qingfeng, realizei paz e alegria".
Fayan perguntou: "Por meio de quais palavras você conseguiu entrar?"
Xuanze respondeu: “Uma vez eu perguntei a Qingfeng, ‘Qual é o eu do aluno [ou seja, meu próprio ser]”?
Qingfeng disse: “O menino do fogo vem buscar o fogo".
Fayan disse: "Boas palavras, apenas receio que você não as tenha compreendido".
Xuanze disse: "O menino de fogo pertence ao fogo. Já sendo fogo, mas ainda buscando o fogo, é como já ser o próprio e ainda buscar a si próprio".
Fayan exclamou: "Agora eu realmente sei que você não entende. Se Buda Dharma fosse desse jeito, não teria durado até hoje".
Xuanze ficou passado e sobressaltou-se. Quando saiu a caminhar, pensou, "Ele é um professor orientador de quinhentas pessoas. Ao apontar meu erro deve ter alguma boa razão".
Voltou ao lugar onde estava Fayan e fez prostrações em arrependimento. Fayan disse, "Você deve fazer a pergunta".
Xuanze perguntou: "Qual é o eu do aluno?"
Fayan disse, "O menino do fogo vem buscar o fogo." Xuanze ficou grandemente iluminado.
O professor Dogen disse: Antes o menino do fogo veio buscar fogo. Depois, novamente, o menino do fogo veio buscar fogo. Antes, porque estava iluminado e seguiu o caminho do intelecto? Depois, porque estava muito iluminado e jogou fora o velho ninho? Vocês conseguem entender?
Depois de uma pausa Dogen disse: O menino do fogo vem buscar o fogo. Quantos pilares e as lanternas se preocupam com o brilho? O fogo está coberto de cinzas frias e, enquanto o procuramos, não o vemos. Acendendo-o e abanando-o, damos luz à prática.
(Dogen, Eihei Koroku, Fala do Salão do Dharma #15)
16 junho 2012
Expor e praticar em cima de um mastro de trinta metros
Dando um passo para frente ou para trás no topo de um mastro
de cem jo, com uma mente única, vire seu rosto e transforme seu eu. Este monge
da montanha [Dogen] permitirá que os pilares e lanternas exponham este princípio
para todos. Eles já acabaram de expor ou não? Eles expuseram ontem à noite, e
também na noite anterior. Amanhã eles vão expô-lo, e também depois de amanhã. Se
eles tiverem terminado expô-lo, todos já ouviram ou não? Se vocês ainda não
ouviram, os pilares e as lanternas ficaram preguiçosos e ainda não o expuseram.
Portanto, este monge da montanha [Dogen] permitirá que toda a grande terra e todas
as pessoas o exponham. Toda a grande terra e todas as pessoas acabaram de expor
ainda ou não? Se ainda não expuseram, então também ficaram preguiçosos. Expor e praticar
este princípio são ambos o caminho final. Portanto, entre os ancestrais, disse
Daci, “expor um metro não é igual a praticar dez centímetros. Expor dez
centímetros não é igual a praticar um centímetro”.
Dongshan disse, "Pratique o que não pode ser exposto.
Exponha o que não pode ser praticado”.
Yunju disse: "Ao expor não há caminho de prática. Ao
praticar não há caminho de expor. Quando não há exposição ou prática, que tipo
de caminho é esse?"
Luopu disse: "Se ambas a prática e a exposição acontecem,
não há matéria original. Se nem prática ou a exposição acontecem, a matéria
original existe".
O professor Dogen disse: Para Daci, expor um metro não pode ser
feito sem praticar um metro; expor um centímetro não pode ser feito sem
praticar um centímetro.
Para Dongshan. [Deve-se] praticar o que não pode ser
praticado, e expor o que não pode ser exposto.
Para Yunju, há tanto prática e quanto exposição, soltando e agarrando.
Para Luopu, se ambas a prática e a exposição acontecem, os
país prospera; se nem prática ou exposição acontecem, os budas e ancestrais [lhes]
confirmam.
(Dogen, Eihei Koroku, Fala do Salão do Dharma #10)
13 junho 2012
11 junho 2012
Vindo e indo dentro da vida e da morte
Uma história. O Mestre Zen Yuanwu disse, "Vindo e indo dentro da vida e da morte é o corpo humano genuíno".
Nanquan disse, "Vindo e indo dentro da vida e da morte é o corpo genuíno".
Joju disse, "Vindo e indo dentro da vida e da morte é exatamente o corpo genuíno de todos os budas".
O professor [Dogen] disse: Cada um daqueles quatro veneráveis ancestrais revelam o estilo de suas famílias e, juntos, alinham nossas narinas. Eles disseram o que podiam dizer, apenas ainda não é aí. Se fosse Kosho [Dogen], eu não diria dessa forma, mas assim: Vindo e indo dentro da vida e da morte é apenas vindo e indo dentro da vida e da morte.
Nanquan disse, "Vindo e indo dentro da vida e da morte é o corpo genuíno".
Joju disse, "Vindo e indo dentro da vida e da morte é exatamente o corpo genuíno de todos os budas".
O professor [Dogen] disse: Cada um daqueles quatro veneráveis ancestrais revelam o estilo de suas famílias e, juntos, alinham nossas narinas. Eles disseram o que podiam dizer, apenas ainda não é aí. Se fosse Kosho [Dogen], eu não diria dessa forma, mas assim: Vindo e indo dentro da vida e da morte é apenas vindo e indo dentro da vida e da morte.
(Eihei Koroku, fala 74)
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