Devemos parar de correr atrás de palavras e de letras e aprendermos a nos retirar e refletir sobre nós mesmos. Ao fazermos isso, nosso corpo e mente naturalmente cairão fora, e nossa natureza original de Buda aparecerá.
Temos que aprender a dar meia-volta, girar nosso espírito 180 graus, dirigir nossa luz para o interior. E assim, o corpo e a mente se apagam: nem corpo, nem mente, nem dentro, nem fora. Não mais estaremos presos às palavras, à letra, às formas - não estaremos mais, por exemplo, apegados às considerações do tipo "meu corpo de homem", "meu corpo de mulher" (de todos os modos, quando nascemos, nossa mente não é masculina nem feminina). E nossa face original pode então surgir: quando retiramos todos os floreios aparece a verdadeira natureza.
Um monge chega o templo e o mestre lhe pergunta:
- De onde vens?
O outro responde todo o tipo de coisas. Geralmente, lhe dá seu endereço, o número da rua, o nome da cidade, da vila... E, se o mestre é suave, talvez lhe diria:
- Bem... Tu não me compreendeste, mas isso não tem impotância... Podes, mesmo asssim, entrar.
Mas um mestre um pouco mais severo, sem dúvida, enxotará o monge:
- Vai-te embora! Nada compreendes!
Ao colocar aquela pergunta "De onde vens?", o que quer de fato saber o mestre, é se conhecemos nossa verdadeira natureza. A que distância está nosso país, nossa cidade, nossa aldeia, da nossa natureza original?"
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