27 agosto 2010
Fukanzazengi - 7º comentário de Coupey
O espírito se perde na confusão
É certo que a palavra espírito possui inúmeros significados, mas, para simplifcar, podemos falar do "pequeno" espírito e do "verdadeiro" espírito. O verdadeiro espírito significa o espírito que não se apega a nada, que não corre atrás de seus desejos seguindo seus interesses pessoais, que não foge mais. É tão simplesmente ser na condição normal. Poucas pessoas têm um tal espírito, pois basta ser a favor disso ou contra aquilo para que nosso espírito se perca na confusão.
Em lugar de ser a favor disso ou contra aquilo, observem mais em vocês mesmos. Uma coisa pequenina no começo, uma distância pequenina, e, em seguida, a difereça aparece e torna-se cada vez maior. Todos podemos constatar, mesmo na nossa vida quotidiana, nas nossas relações de casal, por exemplo. Uma coisa torna-se duas, torna-se três, e o céu e a terra se encontram separados por milhões de quilômetros. Essa separação nada mais é do que nosso karma que se levanta e, com ele, os bonno, as ilusões. E, por certo, essas ilusões criam complicações em nosso espírito e o mergulham na confusão. O karma carrega-nos lá para onde estamos. Mas nós não estamos amarrados, aprisionados por esse karma, pois podemos mudá-lo a partir do momento presente.
O espírto não se divide. É preciso ter o espírito amplo, não encerrá-lo numa camisa de força e reduzi-lo a golpes de porretes e de proibições sem fim. Também uma ordenação autêntica de um monge ou de uma monja não comporta nenhuma proibição ou obrigação, pois nada mais é do que a transformação do karma de cada um.
Em lugar de ser a favor disso ou contra aquilo, observem mais em vocês mesmos. Uma coisa pequenina no começo, uma distância pequenina, e, em seguida, a difereça aparece e torna-se cada vez maior. Todos podemos constatar, mesmo na nossa vida quotidiana, nas nossas relações de casal, por exemplo. Uma coisa torna-se duas, torna-se três, e o céu e a terra se encontram separados por milhões de quilômetros. Essa separação nada mais é do que nosso karma que se levanta e, com ele, os bonno, as ilusões. E, por certo, essas ilusões criam complicações em nosso espírito e o mergulham na confusão. O karma carrega-nos lá para onde estamos. Mas nós não estamos amarrados, aprisionados por esse karma, pois podemos mudá-lo a partir do momento presente.
O espírto não se divide. É preciso ter o espírito amplo, não encerrá-lo numa camisa de força e reduzi-lo a golpes de porretes e de proibições sem fim. Também uma ordenação autêntica de um monge ou de uma monja não comporta nenhuma proibição ou obrigação, pois nada mais é do que a transformação do karma de cada um.
23 agosto 2010
Fukanzazengi - 6º comentário de Coupey
Se manifestarmos a menor preferência ou a menor antipatia, o espírito se perde na confusão.
Quando existe a menor preferência - o menor pensamento de amor - ou a menor antipatia - o menor pensamento de raiva, desprezo - a verdade se esvanece. Ou melhor, como diz Dogen, "o espírito se perde na confusão". Os kanji japoneses para esta frase são shi shu, que quer dizer "perdido", e shin, "espírito". Não é a verdade que é perdida, mas o espírito. Eis aí nosso ensinamento: tanto quanto possível, não percam seus espíritos.
A seu modo de ver as coisas Jinshu expressava "uma pequena qualquer coisa", uma pequena preferência, ou mesmo uma ligeira antipatia pela poeira. O pensamento de Eno quanto a isso era absolutamente perfeito, nada de preferência, nada de antipatia, nada, mu. E a partir do momento em que afirmava que não existia espelho e, portanto, nada a limpar, ele jamais mudou dessa posição, e isso ao longo de toda a sua vida de monge e de mestre. Seu espírito estava exato no começo e, pois, exato no meio e exato no fim.
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