Ainda que não seja sem consciência,
não é sem linguagem.
Ainda que seja inconsciente,
provém da linguagem.
não é sem linguagem.
Ainda que seja inconsciente,
provém da linguagem.
Isto, o dharma, pode tornar-se linguagem, até mais claro que a linguagem, pois isto está além das categorias conceituais. Não se pode explicar o que é ku. Não se pode explicar por shiki. Pode-se explicar o que é shiki pela linguagem, mas ku está além da linguagem. Shiki é visível, ku é invisível, além das categorias. Se apreenderdes, se puderdes apreender os verdadeiros fatos, a linguagem se revela inútil.
O Shin Jin Mei retoma essa idéia:"Não é necessário falar nem usar a linguagem.
É preciso compreender por trás das palavras, pelo silêncio".
Falar sobre o açúcar não oferece o seu verdadeiro gosto. É preciso comê-lo para conhecer seu sabor. Nas minhas caligrafias, há sempre uma que representa um círculo:
"O vento puro,A lua plena de beleza,
Impossível pintá-los".
Entre Buda e Buda, a verdade não pode ser explicada, ela está além de todas as categorias.
Entre o homem e a mulher em um leito, a linguagem não é necessária.
O Zen não necessita de linguagem diplomática. Isto se passa de espírito a espírito, mitsu, intimamente, profundamente, secretamente.
Essa frase siginifica: Devemos, no Zen, explicar o impossível pelas linguagem, explicar o inexplicável pelas palavras! É difícil explicar o Zen pela linguagem, apesar de que o Mestre o tenha feito. E Buda compreende as palavras de Buda.
"O caminho da serpente na relva,Apenas a serpente o compreende".